STJ põe fim aos “prefeitos TikTok”: agora é hora de mostrar trabalho real

STJ põe fim aos “prefeitos TikTok”: agora é hora de mostrar trabalho real
Foto: Divulgação

O entendimento da Corte é de que a população deve avaliar a gestão pela presença concreta de investimentos no dia a dia da cidade, e não apenas pelo marketing digital.

Lázaro Borges/FS

Uma recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) promete mudar o cenário político-administrativo no país, especialmente em municípios onde prefeitos priorizam a exposição nas redes sociais em vez da execução efetiva de obras. O entendimento da Corte é de que a população deve avaliar a gestão pela presença concreta de investimentos no dia a dia da cidade, e não apenas pelo marketing digital.

Na prática, a decisão põe fim ao que muitos chamam de “prefeitos TikTok” — gestores que concentram esforços em vídeos e postagens para criar uma imagem de eficiência, mas que deixam a desejar em resultados reais. A partir de agora, a cobrança tende a ser mais dura: a comunidade vai observar de perto onde os recursos estão sendo aplicados e se de fato estão retornando em melhorias visíveis.

No caso de Jataí, a situação ganha ainda mais relevância. Com um orçamento previsto de aproximadamente R$ 800 milhões para 2025, a gestão municipal terá pouco tempo para mostrar resultados. Nos próximos três meses, a cobrança da sociedade será intensa, já que as obras atualmente em andamento são frutos de recursos de 2024, deixados em caixa no fim do ano passado.

A expectativa é de que a aplicação desse orçamento reflita em obras estruturais, melhorias nos serviços públicos e investimentos que a população consiga acompanhar ao andar pelas ruas da cidade. Pequenas intervenções, como retoques estéticos ou ações pontuais de manutenção, já não serão suficientes para justificar o consumo de um orçamento tão expressivo.

O recado do STJ é claro: a era da “maquiagem digital” está chegando ao fim. A partir de agora, prefeitos terão de mostrar trabalho real, com resultados palpáveis, sob pena de perder a confiança da população.