Selo para cooperativas de habitação vai promover mais segurança a consumidores
Lázaro Borges - Redação
Selo de conformidade e cartilha que traz as orientações a compradores de imóveis construídos por cooperativas, incorporadoras e loteadoras foram lançados nesta terça-feira. Iniciativa é uma parceria das entidades do Fórum de Habitação e do Sistema OCB/GO, com apoio do Procon Goiás
As entidades do Fórum Goiano de Habitação (Ademi, Secovi, Sinduscon e ADU) e o Sistema OCB/GO lançaram, nesta terça-feira (8/11), Selo de Conformidade para Cooperativas Habitacionais e uma cartilha com orientações relativas à aquisição de imóveis construídos por cooperativas, incorporadoras e loteadoras. A iniciativa vai proporcionar mais segurança aos compradores de imóveis na planta e para o setor imobiliário goiano como um todo. Na oportunidade também foi firmado o Termo de Cooperação Técnica entre as instituições e o Procon Goiás.
A parceria entre as entidades teve início em julho deste ano, quando começaram a ser definidas ações conjuntas para coibir falsas cooperativas e proporcionar mais segurança ao setor imobiliário. O trabalho também tem o intuito de esclarecer as diferenças entre a aquisição de um imóvel pelo sistema cooperativo e de uma empresa do mercado imobiliário.
“Vamos proteger as cooperativas habitacionais idôneas e combater as que atuam de forma irregular, por meio da expedição de um selo de conformidade com as normas cooperativistas. Com essa iniciativa, também fortalecemos o mercado ao trazer mais segurança ao consumidor e às boas empresas que atuam no setor habitacional, sejam elas cooperativas ou incorporadoras”, destaca o presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira.
“A iniciativa visa levar aos adquirentes e investidores informações técnicas e legais que poderão esclarecer dúvidas recorrentes e que impactam na tomada de decisão tão importante, como é a aquisição de um imóvel, uma vez que, em média, o brasileiro adquire um único imóvel durante a sua vida”, informa Felipe Melazzo, Superintendente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO).
Segundo o superintendente do Procon Goiás, Levy Rafael Alves, o órgão tem tido um papel fundamental nesse tipo de iniciativa, pois deixa de ser eminentemente autuador e passa a cumprir dois papéis importantes. "Para o setor produtivo, passa a chancelar o empreendedorismo que segue a legislação; já para o consumidor, serve como um orientador, para que tenha seus direitos garantidos e não seja enganado. Todos ganham com esta pareceria", assegura.
João Victor Araújo, presidente da Associação dos Desenvolvedores Urbanos de Goiás (ADU-GO) e vice-presidente do Sindicato dos Condomínios e Imobiliárias (Secovi-Goiás), afirmou que as cooperativas habitacionais são bem-vindas. “As cooperativas fazem parte da sociedade, de um sistema consolidado entre nós, não são elas que queremos combater, pelo contrário, queremos difundir de forma correta o que são as cooperativas habitacionais e o que são as falsas cooperativas”, disse.
O dirigente afirmou que, assim como o Sistema OCB/GO e a Ademi, a ADU também terá o seu selo de conformidade, e já está em fase de desenvolvimento uma cartilha, para levar informações esclarecedoras aos consumidores do mercado das empresas loteadoras. “Estamos à disposição para fazer jus ao espaço de todos e ajudar a separar o que é certo e do que é errado”, afirmou.
César Mortari, presidente do Sindicato da Indústria da Construção de Goiás (Sinduscon-GO), enalteceu o espírito de união entre as entidades. “Essa união entre nós e a aproximação dos órgãos públicos, em torno de uma agenda comum, traz benefícios à comunidade, pois o que se quer combater, em última análise, é a informalidade no desenvolvimento imobiliário e no trabalho. Esse será um efeito colateral muito benéfico dessa união”, enfatizou.
O trabalho conjunto já apresenta resultados antes mesmo de ser oficializado com o lançamento do selo e da cartilha. Em julho, apenas quatro cooperativas habitacionais estavam registradas na entidade. Agora já são dez e outras sete estão em processo de registro. “Recebemos muitas ligações, fizemos videoconferências com representantes de cooperativas de outros Estados e recebemos neste lançamento a visita de um representante da OCB nacional, que afirmou ser este um modelo que merece ser replicado”, destacou Luís Alberto Pereira.
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