Queimadas em Goiás crescem 152% em apenas uma semana

O estado de Goiás registrou um aumento expressivo nos focos de queimadas nos últimos sete dias. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que houve um crescimento de 152% no número de registros, o que reforça o alerta para os riscos ambientais e de saúde causados pelas queimadas.
Segundo especialistas, a combinação de clima seco, altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar cria um cenário propício para a propagação do fogo. A situação preocupa principalmente municípios do interior, onde áreas de pastagem e de cerrado estão entre as mais atingidas.
Impactos ambientais e na saúde
O avanço das queimadas em Goiás ameaça a biodiversidade do Cerrado, bioma que já sofre com o desmatamento e a pressão da expansão agropecuária. Além disso, a fumaça afeta diretamente a saúde da população, aumentando casos de problemas respiratórios, como bronquite e asma, e pressionando a rede de saúde pública.
O Corpo de Bombeiros de Goiás informou que está intensificando as ações de combate e prevenção, mas reforça que mais de 90% das queimadas têm origem em atividades humanas, seja por ação criminosa, descuido ou uso irregular do fogo em áreas rurais.
Políticas de prevenção
O governo estadual tem buscado ampliar campanhas educativas e operações integradas com órgãos ambientais, mas especialistas afirmam que os números revelam a necessidade de políticas mais rígidas de fiscalização e conscientização da população.
Enquanto isso, meteorologistas alertam que a tendência é de aumento das queimadas nos próximos meses, caso não haja mudanças no regime de chuvas.
Focos por município
Nos primeiros dias de agosto, os municípios com maior número de focos foram: Monte Alegre (18 focos); Niquelândia (15); Cristalina (11); Nova Roma (10); Itapaci, Uruana, Vila Propício (8) e Formosa com 7 focos. Ainda na terceira semana de agosto, algumas regiões apresentaram aumentos significativos em comparação com 2024: Centro (Goiânia): +190%; Oeste: +100%; Sul: +125%.
Por outro lado, Leste, Norte e Sudoeste registraram reduções: –38%, –2,9% e –5%, respectivamente.
Fonte: Semad