Inflação torna a subir em maio e preocupa as classes trabalhadoras

Inflação torna a subir em maio e preocupa as classes trabalhadoras
Imagem: Pixabay/Gerd Altmann

Como já estava previsto pelos economistas, o resultado da inflação do mês de maio foi o mais alto para o mês dos últimos cinco anos, e ainda ficou acima do previsto, que era de 0,58. Segundo os dados divulgado esta semana pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo, utilizado para medir a inflação, ficou 0,52 p.p. acima do mês de abril, resultando em um aumento de 0,83% durante maio. Este é maior resultado para um mês de maio desde 1996 (1,22%). No ano, o índice acumula alta de 3,22% e, em 12 meses, de 8,06%. No mesmo mês de 2020, a variação havia sido de -0,38%.
 
Quanto ao vilões deste resulado, não existe um grande destaque para um. Todos os nove grupos que compõem a cesta de bens do índice registraram alta de preços, sendo a maior contribuição para a inflação advinda do grupo de Habitação, que registrou alta de 1,78%. A segunda maior alta ocorreu no grupo Transportes , que subiu 1,15% em maio. E este tem sido um repetição entre os últimos doze meses, apesar de no mês de abril, o setor de Transportes havia sido o único a apresentar quedas nos preços. Dentro desta categoria os maiores aumentos são impulsionados pelos combustíveis. Dos itens que compõem o grupo, o maior impacto (0,17 p.p.) veio da gasolina (2,87%), cujos preços haviam recuado em abril (-0,44%). No ano, o combustível acumula alta de 24,70% e, em 12 meses, de 45,80%. Os preços do gás veicular (23,75%), do etanol (12,92%) e do óleo diesel (4,61%) também subiram em maio. A alta é relevante para o agronegócio.
 
Outra categoria que tem se mantido entre os maiores aumentos e raras quedas, desde o início da pandemia, principalmente, está o resultado de Alimentação e bebidas, outro grupo concernente ao agro, subiu (0,44%) e ficou próximo ao do mês anterior (0,40%). O resultado se deu principalmente por conta das quedas dos preços das frutas (-8,39%), da cebola (-7,22%) e do arroz (-1,14%). Por outro lado, as carnes (2,24%) seguem em alta, acumulando 38% de variação nos últimos 12 meses.
 
Entretanto não pode-se esquecer que todos estes aumentos e valores de subida, corroboram com a percepção de retomada da economia brasileira, que já era prevista e foi impulsionada principalmente pelas polícias públicas do governo federal e estadual, através de projetos de apoio e assistência social, econômica e tributária.
 
Fonte: Comunicação Sistema Faeg/Ifag