Quadrilha Uai São João leva espetáculo goiano ao maior festival junino do mundo em Campina Grande

Quadrilha Uai São João leva espetáculo goiano ao maior festival junino do mundo em Campina Grande
Fotos: Divulgação

Com apoio da Lei Goyazes do Governo de Goiás, grupo representa o Estado em evento que reúne quadrilhas de todo o país.

A cultura goiana vai marcar presença no maior festival de quadrilhas juninas do mundo, realizado em Campina Grande, na Paraíba. Entre centenas de grupos de todo o Brasil, apenas duas quadrilhas foram selecionadas para representar o estado de Goiás: Uai São João e Arriba Saia. A apresentação da Uai São João acontece no dia 19 de julho, com o espetáculo “Emílio e o Pé de Milho”, uma montagem que une elementos do folclore do Cerrado e do sertão nordestino à irreverência e beleza das festas juninas.

O projeto da Uai São João é realizado com recursos do Programa Goyazes do Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, e conta com o patrocínio da Milhão Ingredients. Reconhecido por sua qualidade artística, o grupo conquistou importantes premiações nos últimos anos: foi vice-campeão estadual em 2025 e 2023, campeão do Arraiá Capim Canela em 2024 e obteve o 5º lugar no Concurso Nacional Arraial Brasil, realizado em Brasília. A dançarina Camila Serra, representante da quadrilha, também conquistou o 3º lugar como Rainha Junina do estado.

A participação da Uai São João no festival de Campina Grande é mais do que uma conquista artística. Representa também o intercâmbio cultural entre regiões, a visibilidade das tradições goianas e o fortalecimento da identidade popular. “É uma honra imensa levar nosso trabalho a um dos palcos mais importantes da cultura nordestina e mostrar que Goiás também tem muito a contribuir para esse cenário. O São João é do povo, é do Brasil inteiro”, destaca Geordano Rodolfo, presidente e marcador da Uai São João.

O espetáculo “Emílio e o Pé de Milho” é uma adaptação cênico-coreográfica que reimagina a tradicional história do “Pé de Feijão” sob uma ótica regional. O enredo apresenta personagens e elementos típicos da cultura popular goiana, com coreografias elaboradas, figurinos criativos e uma trilha sonora que valoriza ritmos tradicionais. 

Em 2025, a Uai São João traz à tona uma reflexão importante: a aceitação das diferenças. Este ano a história é sobre como o Emílio um humano, foi aceito por um povo de milho e como uma cidade tão diferente dele, conseguiu olhar para sua essência e o acolher. Vivemos em um mundo onde a diversidade é a nossa maior riqueza, e para que possamos viver em harmonia, é essencial que todos possam respeitar e acolher as diferenças, independentemente da cor, da crença, do jeito ou da forma como somos feitos. Afinal, somente através da aceitação, a verdadeira magia acontece.

O Festival
Campina Grande se transforma no epicentro das quadrilhas juninas do Brasil com a realização do Maior Festival de Quadrilhas Juninas do Mundo, que ocorre nos dias  18, 19 e 20 de julho. O festival receberá grandes grupos dos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Ceará, Piauí, Bahia, Alagoas, Goiás, Distrito Federal e Pará. As quadrilhas competirão entre si, na busca de mais de 55 mil em premiações, fomentando, reconhecendo e incentivando a cultura junina do nosso país.

Uai São João
Em 2024, o grupo realizou 46 apresentações em Goiânia, cidades do interior e também em Campina Grande. As exibições gratuitas em praças e espaços públicos mobilizam comunidades, fomentam o pertencimento cultural e estimulam a economia criativa, gerando emprego e renda para profissionais da cadeia produtiva cultural.

A atuação da Uai São João é um exemplo de como a tradição junina pode ser instrumento de transformação social, artística e econômica. Com o apoio do Governo de Goiás e de parceiros da iniciativa privada, o grupo segue firmando seu papel como referência na preservação e reinvenção das manifestações populares brasileiras. 

Fundada em 2022, a Associação de Cultura e Dança Quadrilha Uai São João tem como missão fortalecer as expressões populares do ciclo junino e promover a inclusão por meio da arte. Com  80 integrantes — entre dançarinos, músicos, técnicos e figurinistas — o grupo é formado, em sua maioria, por jovens de 14 a 30 anos, moradores de bairros periféricos de Goiânia. Com foco na acessibilidade, o grupo também integra pessoas com deficiência em suas apresentações, reafirmando o compromisso com uma cultura participativa e inclusiva.