Machistas não passarão! Mulheres fazem manifestação em apoio à deputada Bia de Lima

Após os recentes episódios de violência política de gênero sofridos pela deputada estadual Bia de Lima (PT), mulheres, coletivos e entidades, realizam na próxima terça-feira, 27 de maio, uma manifestação em apoio à parlamentar e contra a prática criminosa. O encontro será na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), às 14h30 e, na ocasião, as manifestantes farão a entrega simbólica de documentos e reivindicações ao presidente da Casa, Bruno Peixoto (UB) e ao corregedor Julio Pina (Solidariedade).
A parlamentar tem sido vítima constante de violência política de gênero desde o início de seu mandato. Nesta semana, em mais um episódio explícito e vexatório, o deputado Amauri Peixoto (UB) foi calunioso e ofensivo, imputando à deputada a prática de conduta criminosa gravíssima (pedofilia), extrapolando de forma evidente os limites da imunidade parlamentar e quebrando o decoro da Casa.
Em decorrência dos ataques, Bia de Lima representou contra o parlamentar do Conselho de Ética da Alego e solicitou a instalação imediata de procedimento disciplinar contra o deputado, a expedição de advertência formal e pública, a adoção de providências para garantir a manutenção da ordem nas sessões e o respeito às prerrogativas constitucionais dos parlamentares.
Ao apresentar a representação, a parlamentar foi enfática ao dizer que não tolerará qualquer outro insulto de Ribeiro, especialmente, em nível pessoal, como foi feito nas sessões ordinárias desta semana, na quais ela foi vítima de violência política de gênero, além de ofensas relacionadas a uma possível apologia a pedofilia.
Esta foi a sexta representação protocolada pela deputada contra Ribeiro, que aponta “reiteração de condutas ofensivas e incompatíveis com o decoro parlamentar”.
Após o episódio desrespeitoso, autoridades, sindicatos e entidades manifestaram apoio à deputada e cobraram providência da Alego. Entre eles estão o Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Goiás (Sindsemp),Centrais Sindicais como a Centra Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o Sindicato dos Professores do Ensino Profissional do Estado de São Paulo (Apeoesp), Sindicatos de Trabalhadores em Educação de vários estados, a Procuradoria Especial da Mulher da Alego e de outros municípios, além de diversas apoiadores e defensores da causa.