Câmara derruba veto e Terminal Goiânia Viva passará a se chamar Padre Francisco Nisoli

Câmara derruba veto e Terminal Goiânia Viva passará a se chamar Padre Francisco Nisoli
Fotos: Divulgação

Proposta do vereador Markim Goyá homenageia legado religioso e social do padre que marcou a história da região Oeste da Capital

A Câmara Municipal de Goiânia derrubou nesta terça-feira (13) o veto do Executivo ao Projeto de Lei nº 88/2024, de autoria do vereador Markim Goyá (PRD), que dá nome de Padre Francisco Nisoli ao Terminal de Integração do Setor Goiânia Viva. Com a decisão do Legislativo, a homenagem torna-se oficial, e o terminal passará a carregar o nome de uma das figuras mais relevantes na história da região Oeste da capital.

“Mais do que dar nome a um espaço público, estamos reconhecendo o valor de quem dedicou a vida a servir o povo com fé, trabalho e solidariedade. Padre Nisoli foi um exemplo de compromisso com os mais humildes, e agora seu legado ficará registrado na paisagem urbana da cidade que ele tanto ajudou a construir”, afirmou Markim Goyá durante discurso no plenário.

O projeto havia sido aprovado anteriormente pela Câmara, mas foi vetado pelo prefeito Sandro Mabel, sob justificativa técnica. A derrubada do veto representa uma resposta à mobilização comunitária em torno da importância simbólica e afetiva da homenagem.

Legado de fé e serviço social
Italiano de nascimento, Padre Francisco Nisoli chegou ao Brasil ainda jovem e dedicou décadas de sua vida ao serviço pastoral na Arquidiocese de Goiânia, com atuação marcante nas comunidades do Setor Goiânia Viva, Solange Park, Luana Park, entre outros bairros do eixo Oeste da capital. Além da atuação religiosa, desenvolveu trabalho social com famílias em situação de vulnerabilidade, sendo conhecido por sua atuação firme em causas humanitárias e de caridade.

Após deixar o Brasil, retornou à Itália, onde veio a falecer vítima da covid-19, durante o auge da pandemia. A notícia abalou a comunidade goianiense, que sempre manteve viva a lembrança de seu trabalho generoso e transformador.

“O terminal carrega diariamente o movimento de milhares de pessoas, e a escolha por esse nome é um ato de justiça histórica. É fundamental valorizar quem ajudou a construir a identidade da nossa cidade com ações concretas, fé e acolhimento. É assim que mantemos viva a memória das lideranças que realmente fizeram a diferença”, declarou o vereador.

Terminal estratégico para a mobilidade de Goiânia
Inaugurado em 2008, o Terminal Goiânia Viva é um dos principais pontos de conexão da rede de transporte coletivo da capital. Localizado na Avenida Tóquio, o terminal atende a mais de 30 mil passageiros por dia e integra diversas linhas que ligam os bairros do extremo Oeste à região central da cidade e ao Eixo Anhanguera.

A estrutura é utilizada por moradores de bairros como Goiânia Viva, Lorena Park, Solange Park, Jardim Dom Fernando, Jardim Cerrado, Vila Mutirão, Residencial São Marcos, entre outros. Apesar de sua importância, o terminal tem enfrentado problemas estruturais e demandas por melhorias, como iluminação, segurança e acessibilidade — pautas que também fazem parte das ações defendidas pelo mandato de Markim Goyá.

Para o vereador, homenagear figuras como o padre Nisoli vai além de um gesto simbólico: trata-se de resgatar a história da cidade e valorizar aqueles que efetivamente contribuíram para o desenvolvimento humano e social de comunidades inteiras. “Nós temos que fazer valer o legado de quem construiu, com o suor e o coração, os laços que mantêm viva a esperança de tanta gente. Dar esse nome ao terminal é inscrever na cidade uma parte viva da nossa memória coletiva”, defendeu.

Com a promulgação da lei, o terminal passará a ser oficialmente denominado Terminal Padre Francisco Nisoli, perpetuando a memória de um líder que fez da fé um instrumento de transformação social — e cuja ausência segue sendo sentida por todos que conviveram com sua missão.